Muitas vezes com a correria do dia a dia, deixamos passar sinais que poderiam mudar significativamente a nossa vida.
Olá Rainhas.
Na correria do dia a dia é muito comum fazermos as tarefas em “piloto automático” e nos esquecermos de prestar atenção ao que acontece à nossa volta, principalmente nos sinais que recebemos do universo.
Acredito profundamente em mensagens que nos são apresentadas pelo o universo. Repostas ás nossas indecisões, duvidas e perguntas.
Por vezes enquanto andamos pelas ruas, levantamos a cabeça e olhamos para cima ou para o lado, quando não é hábito de o fazer. Acontece precisamente naquele momento daquela pergunta interna e lá está, uma pequena indicação para nos orientar.
As mensagens podem nos surgir de várias formas e maneiras e serão sempre algo que nos é familiar para nos ajudar a reconhecê-las e a interpretá-las. São símbolos, palavras, frases, números repetidos, a letra de uma música que raramente ouvimos e até a abertura de um livro numa página específica.
Mensagens que nos guiam e que nos motivam, pequenas mas diretas informações na dose certa. No entanto nem todos conseguem ver ou interpretar as mensagens subtis. É preciso prestar atenção, ser observador e recetivo á ideia que existe algo maior e mais grandioso que nós e que todos estamos ligados.
Uma certa manhã, abri a página de um blog e tive de “travar” para ler com mais atenção um post que me chamou a atenção logo na primeira frase do inicio ao fim.
Ajeitei-me na cadeira da minha secretária e inclinei-me para trás até sentir as minhas costas aconchegadas no encosto da cadeira.
Li com gosto e voltei atrás nalguns excertos. As suas descrições eram-me familiares. Este post “falou” comigo e eu fiquei agradecida por ter cruzado com este blog. Precisava daquelas palavras, daquela orientação, naquele momento.
Muitas vezes com a correria do dia a dia, deixamos passar sinais que poderiam mudar significativamente a nossa vida.
Ás mulheres que conheço, digo sempre para estarem atentas ao que as rodeia e para acreditarem que nos são dadas pequenas indicações ás nossas perguntas, grande maioria das vezes. Só precisamos de estar atentas.
Quando estamos atentas, o universo invariavelmente nos envia mais informações para nos orientarmos.
Lembrem-se de prestar atenção nos sinais do Universo.
O Racismo é a crença em que uma raça, etnia ou certas características físicas sejam superiores a outras.
Olá rainhas
A linda diversidade dos tons da pele negra
Há vários tipos de racismo. Racismo individual, institucional, estrutural, cultural e entre outros.
Contudo o racismo que poucos se atrevem a falar e de admitir que existe é o racismo entre nós os negros.
Em Inglaterra à muitos anos atrás onde eu vivi grande parte da minha vida, fui várias vezes questionada sobre o porquê de ser “clara” como se fosse um defeito da fábrica África. Porque tinha as feições finas? Porque é que tinha o cabelo encaracolado – a tua mãe, o teu pai ou os teus avós eram brancos”? A sério!!!?? Isto vindo de outra negra. Eu ficava furiosa com esse tipo de comentário porque questionavam a minha autenticidade e a minha negritude.
Lembro-me de um momento em particular na minha adolescência, ouvir colegas da escola a comparem a tonalidade da cor de pele e a categorizarem-se na variada palete de cores da pele negra. Lembro-me perfeitamente que fiquei triste, chocada e foi um momento que marcou a minha adolescência, porque para mim independentemente da minha tonalidade eu era negra e africana.
Imagina o que é na tua adolescência ouvir comentários racistas de brancos e viver o mesmo no meio da tua gente.
Já em adulta, presenciei inúmeras vezes mulheres negras a serem categorizadas e a categorizarem-se a elas próprias pela tonalidade da sua pele. Muitas durante anos alimentaram-se dessa falsa ilusão de distinção e superioridade para própria vantagem. Nem que isso implica-se pisar noutra “irmã” africana.
A beleza e a riqueza da nossa cor é o que nos difere do resto do mundo. Para quê categorizar?
Independentemente da nossa tonalidade é a cor negra que nos une, que nos identifica e que nos define aos olhos do mundo.
Não consigo compreender como os negros são tão rápidos a reconhecer o racismo como o que lhes é dirigido pelos brancos, latinos, asiáticos, etc mas falham em ver o racismo muito real que existe dentro da nossa comunidade uns com os outros.
Há quem diga que não é real mas se os brancos desaparecessem amanhã do planeta, o colorismo ainda existiria nas nossas comunidades e essa é a parte mais triste.
Aos olhos do mundo, negro é negro seja ele escuro ou claro. Isso nunca vai mudar.
Já algumas de vocês experienciou este comportamento?
África é o berço maravilhoso de milhares de tribos, etnias e grupos sociais. No que diz respeito a um prato unicamente típico africano, não existe. Uma coisa é certa; todos os africanos tem o hábito de misturar tudo dentro de uma panela.😊 A diversidade deste bonito e complexo continente, reflecte-se na cozinha africana que foi fortemente influenciada pelos colonos europeus que ali passaram, pelo o comércio de escravos e pelos alimentos indígenas, no uso de ingredientes básicos assim como na preparação e técnicas culinárias.
Tive a oportunidade de provar alguns pratos autênticos africanos e não foram poucos. Nomeadamente de Angola por parte da família do meu irmão e enquanto estive em Inglaterra, Londres, onde vivi mais de metade da minha vida, foram os pratos típicos do Gana, Serra Leoa, Etiópia, Eritreia, Egipto, Marrocos, Nigéria, África do Sul, Ilha das Canárias e claro Cabo verde, terra dos meus pais e dos meus antepassados. Em Inglaterra, principalmente na capital, há uma diversidade de nacionalidades enorme nomeadamente as que mencionei em cima. Com o passar dos anos o meu leque de amizades foi alargando e com isso surgiram sempre oportunidades de ser convidada para jantares das famílias de amigos (africano tem família grande) e com isso também a oportunidade de conhecer culturas e costumes africanos diferentes além dos meus.
Eu comi pratos confeccionados de maneiras inesperadas, cheias de sabor, cheiros maravilhosos, sempre coloridos, muitas vezes picantes e todos eles cheios de histórias e bonitas tradições que infelizmente estão a ser substitutas pela industria do fast-food ou comida de plástico como eu gosto de chamar😒
Aproveito para partilhar convosco alguns nomes dos pratos que comi e repeti várias vezes durante muito tempo. Uma coisa é certa, todo o africano adora uma mesa farta. O dom de partilhar e do convívio está no nosso sangue.
De um casal amigo sul-africano, Zerina e Xeloni eram as pies (nome em inglês) tipo uma mistura de rissóis sem o pão ralado e pastel de massa tenra, com recheios variados. O petisco de eleição dos sul-africanos, com o piripiri que é original de Portugal e fácil de encontrar em qualquer casa de Sul africanos (era a minha alegria porque adoro picante). Amizades de Marrocos fizeram-me uma apaixonada por cuzcuz. Do Gana o maravilhoso Fufu que é feito a partir da mandioca e do inhame e que faz lembrar muito o prato angolano, o funge de mandioca. As injeras da Somália ou da Etiópia, que são muito parecidas a panquecas muito fofinhas com vários recheios diferentes e que se come com as mãos. A África ocidental e central foi onde sofreu menos influencia europeia. Aqui a cozinha de algumas regiões continua próxima dos ingredientes e técnicas tradicionais. O arroz jollof da Nigéria ou outra região do oeste africano é um prato de arroz com tomate e pasta de tomate com muitas especiarias (que os africanos gostam de usar e tem uma grande influência dos Árabes) que se come com peixe, carne, como a galinha ou como eu, só o arroz com mais molho de tomate em cima. Lembro-me de ver o meu amigo Eddie a cozinhar sempre com polpa de tomate, sem falhas. Os pratos angolanos como a muamba de galinha ou a cachupa de cabo-verde são mais conhecidos e provavelmente muitas de vocês já o comeram. Da Guiné a mancarra com óleo de palma ou moqueca de peixe. Não vou escrever sobre doces, porque a lista ia ser interminável. Já fui mais, mas ainda sou muito gulosa e não podia deixar de mencionar um doce que tenho muitas saudades de comer ou melhor, devorar. ShukuShuku são bolinhas de leite coco e caramelo...maravilhoso.
São fáceis de fazer😁
Enfim, são muitos os pratos que comi mas confesso que não me recordo de todos os nomes, no entanto se tiverem à minha frente rapidamente os reconheceria. Quanto à comida de cabo-verde, ao longo da minha vida já experimentei de tudo, graças à minha avó e à minha mãe, sorte a minha. Claro está que não gosto de tudo, mas experimentei. O melhor para mim é sem dúvida, cachupa refogada com ovo estrelado e uma caneca de café acabado de fazer 😉 Neste momento a escrever este post, estou a comer bolachas de cabo verde com uma caneca de café com leite 🙂 Sem comentários 😉
Deixo-vos também algumas referências de restaurantes africanos em Lisboa que conheci, para irem experimentar. Jantar fora, não é só Rodízios, Sushi, McDonald´s, comida portuguesa, Hardrock Cafe, entre outros. A culinária africana é tão diversificada quanto o próprio continente. É um autêntico mundo de sabores e experiências gastronómicas uns mais exóticos que outros.
Casa da Morna e Semba é considerado um dos mais conceituados restaurantes de comida africana em Lisboa.
Restaurante São Cristóvão é um restaurante simples tipo tasquinha, comida caseira e com musica ao vivo.
Mesa Kreol é um restaurante pequeno, sabores cabo-verdianos com preços razoáveis em plena baixa. Serviço atencioso e musica ao vivo.
Roda Viva é um restaurante moçambicano pequeno mas muito acolhedor, preços acessíveis e óptima comida.
A Cartuxinha espaço acolhedor, bom serviço e comida autêntica de S.Tomé.
Casa de Angola é um restaurante especializado em gastronomia angolana, em ambiente cultural.
Restaurante Anastacia é um espaço elegante, com uma selecção de musica muito boa e com pratos muito bons. A equipa é cinco estrelas.
Os restaurantes a cima mencionados estão dentro dos que eu já visitei e dentro das nacionalidades que Portugal mais tem, principalmente de Cabo-verde, Angola, Moçambique e São Tomé. Neste momento ando de olho em dois restaurantes que quero ir experimentar com o meu marido. Um é comida marroquina e o outro etíope 😉
No entanto não quero deixar de escrever que alguns restaurantes são mais simples que outros, umas coisas menos boas ou melhores que outros mas, todos foram de uma certa forma uma boa experiência e gostaria muito de saber a vossa opinião caso decidam experimentar.
Entre muitas coisas que nos definem como africanos a comida é o que nos enche o coração e a alma.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.