Olá Rainhas !

Gosto de pensar que para o mundo, a definição de mulher Africana, seja mais do que a sua cor. Da minha herança africana, recebi os meus cabelos, as linhas do meu corpo, os meus lábios carnudos, a cor dos meus olhos e a tonalidade da minha pele.
Aprendi valores com gerações antigas e a ser humilde e partilhar. Da minha herança africana aprendi a dar voz à minha luta e dar vida ás línguas antigas. Da minha herança africana, aprendi a ser forte, independente e destemida.
A cor da minha pele é mais do o que um reflexo meu no espelho. A minha pele é a metáfora que define como sou vista e como me vejo a mim própria.
Vivo numa sociedade que ainda me reduz a um ideal da mulher negra, socialmente aceite, em que o negro é bonito, mas mais claro é mais bonito e mais “gostável”.

As pedras mais bonitas são as de cores escuras. Onix, Opal e Obsidiana. A sua beleza é incomparável.
Eu, sou mais do que os estereótipos criados por aqueles que não compreendem a minha cultura ou não fazem parte dela e que com isso falham em me compreender.
Escreve-se mais sobre África e africanos que qualquer outra etnia no mundo. No entanto somos os menos compreendidos. Os Europeus não somente colonizaram África e maior parte do mundo, como também colonizaram a informação sobre os africanos.
A cor da minha pele tem história, mas cada tonalidade tem a sua.
A cor da minha pele pode ser a minha vulnerabilidade mas também é a minha defesa e a minha celebração.
Eu sou muito mais, para além da minha cor.
Nós somos mais, para além da nossa cor.
Beijos rainhas!